terça-feira, 27 de julho de 2010

Como é feita a medição da quantidade de combustível nos tanques dos aviões?


Vou tentar explicar de uma maneira simples uma das coisas mais complicadas nos sistemas de uma aeronave: A indicação de quantidade de combustível.
Em primeiro lugar, não existe uma só maneira de medir quantidade de combustível, e há várias diferenças não só entre os aviões de um mesmo fabricante, como também diferenças entre os fornecedores destes sistemas (simmons/honeywell/etc).
Para manter consistência com o que eu trabalho, vou falar de duas aeronaves: o Boeing 767 e o Boeing 777.
Antes de começar, é preciso entender uma coisa: O combustível na aviação não é medido em volume e sim em peso. Então, apesar de ser possível saber quantos litros de querosene tem num tanque, essa informação não é útil para o voo, já que é necessário saber quantos quilos (ou libras) de combustível há a bordo.
Tudo ok por enquanto?
Mas por que medir o peso? Ora, o peso é constante, mas o volume do combustível varia de acordo com a temperatura (já que há uma alteração na densidade do querosene em virtude da temperatura – quanto mais quente, menor a densidade, quanto menor a densidade, maior o volume).
75 toneladas de combustível sempre vai pesar 75 toneladas. Mas a litragem vai depender da temperatura; em um dia quente vai ter mais litros dentro do tanque do que em um dia frio.
Entendido esta parte vamos ver como isso é medido dentro do tanque de um 767:
Existe um processador que se chama FQIS (fuel quantity indicating system) que é responsável pela medição, cálculos matemáticos e indicação. Este processador recebe sinais de vários sensores que ficam dentro do tanque.
Simplisticamente falando, esses sensores (chamados de Tank Units) são um “tubo oco” com placas metálicas que formam um capacitor. Juro que estou tentando escrever em linguagem simples, mas é preciso saber que um capacitor varia sua capacitancia baseada no seu núcleo certo? Então, já que o tubo é oco, a capacitancia varia de acordo com a porcentagem de combustível que entra neste tubo.
Esta capacitancia (que é um sinal elétrico) é enviada então para o FQIS que vai saber qual é a “profundidade” do combustível naquele local em que a Tank Unit (TU) se encontra, baseado na quantidade de sinal elétrico que receber de cada uma das 37 TU’s.
Como tem várias TU’s dentro do tanque, a proporcionalidade entre elas vai ser computada.
Além destas TUs, tem um outro tubo igualzinho que se chama “compensator”. Este compensator serve para saber qual é a propriedade dielétrica do combustível no momento. Isto é muito importante, pois se o combustível dentro do tubo oco varia a capacitancia, é preciso saber qual o dielétrico dele e então jogar o valor na computação.
Se não desse pra saber o dielétrico, não seria possível saber o quanto o combustível iria alterar a capacitância certo?
No 767 há 3 compensators, um pra cada tanque.
Hummm, já temos duas coisas aí, mas ainda falta um sensor importante pra conseguir calcular quanto de massa de combustível tem dentro do tanque: Falta saber qual é a densidade do combustível…. lembra que falei que a densidade varia com a temperatura? Então saber a densidade é essencial.
Para medir essa densidade temos o densitômetro, que é um outro sensor (3 no total) que “vibra” dentro do tanque. A frequência dessa vibração vai ser proporcional à densidade do combustível. Fácil né?
Pronto, o computador já tem tudo que precisa: Um sinal elétrico que diz a ele qual é a propriedade dielétrica do combustível, outros vários sinais que indicam a profundidade do combustível em vários lugares e um sinal de frequência que diz qual a densidade deste combustível.
Agora o FQIS joga tudo isso no liquidificador e sai o resultado: O peso do liquido que está dentro do tanque! Facim facim….
Achou difícil entender como é medido o combustível pelo 767? Então se prepare que amanhã eu escrevo como funciona dentro do Boeing 777… só pra dar um aperitivo, ele usa até a velocidade do som dentro do querosene na computação!!!
Amanhã também falo (bem simplisticamente) como a gente mede o combustível “na mão” se por acaso um indicador pifar.

787 se despede de Farnborough escoltado por Spitfires!

No Dia 21 o Dreamliner decolou da Inglaterra de volta pra casa depois das exibições na famosa feira inglesa.
O mais emocionante nesse video é ver o moderníssimo avião escoltado por 2 maravilhosos Spitfires da década de 40.
Não tem como não se arrepiar com a “música” vinda dos motores Rolls Royce Merlin e a beleza do 787.

E se o avião mais moderno do mundo tivesse uma pintura retrô?

Fala sério heim?

Não tenho detalhes sobre esta foto, mas é oficial da Boeing.

Imaginem um Boeing 787 com uma pintura retrô da United, que maravilha seria heim?

E pra quem não viu ainda como é o cockpit do 787, eis uma senhora foto. Ele não é lindo só por fora não…

Foto do cockpit de Andres Ramirez – Airliners.Net
Foto da Pintura Retrô via Flyerist


Boeing 787 faz o seu primeiro voo transatlântico

E finalmente o Boeing 787 saiu de território americano, fazendo a travessia até a feira de aviação em Farnborough, na Inglaterra.

A foto abaixo é do momento exato do toque na pista, e é possível ver a beleza de suas asas flexíveis e curvadas para trás nas pontas.

foto: BoeingAirplanes

O Boeing 787, batizado Dreamliner, aterrissou pela primeira vez neste domingo fora dos Estados Unidos, em Farnborough, perto de Londres, para participar no Salão Aeronáutico que se celebra nessa localidade.

O Boeing 787 com o número de série ZA003 pousou no aeroporto britânico ante a imprensa do mundo todo, que pôde apreciar essa aeronave, a única fabricada com 50% de materiais compostos, e que a tornam mais leve que suas antecessoras.

“É um belo avião. Só posso estar feliz por tê-lo pilotado até aqui, para mostrá-lo ao resto do mundo. Funciona melhor que o Boeing B777″, declarou o comandante Mike Bryan.

O comandante explicou que fez diferentes testes nos sistemas de navegação e de comunicação e outros testes habituais, como, por exemplo, desligar os motores para examinar o funcionamento do avião.

O presidente da Boeing, Jim McNerney, estava entre os poucos passageiros do 787. Ao sair da aeronave, o executivo acenou para a imprensa.

O aparelho, cujo desenvolvimento sofreu atrasos sucessivos, será exposto em terra até terça-feira, para ser apresentado aos profissionais da área durante o Salão Aeronáutico de Farnborough. No momento, não está programado nenhum voo de demonstração.

A estreia comercial do Dreamliner foi ofuscada pelo recente anúncio de que a entrega do primeiro aparelho poderá sofrer um novo atraso.

O Dreamliner é fundamental para o futuro da Boeing, que não comercializa nenhum modelo novo de avião de longo percurso há 15 anos, quando lançou o B777. No final de maio, a empresa disse ter 860 pedidos do modelo.

O construtor promete que este novo modelo permitirá poupar 20% de combustível em comparação com os atuais aviões de tamanho comparável e 30% dos custos de manutenção. Além disso, será menos ruidoso e mais confortável para o passageiro.

Fonte do texto: Economia IG

Você já viu um Boeing 767 de boca aberta?

Estávamos fazendo um tratamento dentário neste B-767…rs

Como é raro ver aviões com o radome aberto, achei que gostariam de ver esta foto (cliquem para ver maior no Flickr).

Na foto é possível ver a Antena do Radar Meteorológico na cor bege e em cima e embaixo as antenas de Glide Slope na cor verde (cor de primer – se pronuncia “práimer”). Um cabo preto saindo da antena e entrado na estrutura atrás é chamado de “wave-guide”, responsável pela transmissão e recepção das ondas até a antena.

A estrutura logo atrás da antena de radar meteorológico é chamada de Bulkhead (parede de pressão) e é um dos pontos mais reforçados da estrutura para suportar a pressurização da aeronave.

Os radares meteorológicos modernos emitem “ Banda X” que não são tão maléficas à saúde como as ondas de radar de antigamente, que eram praticamente raios X. Aliás, no passado essa parede de pressão precisava ter uma proteção “meia-boca” para a tripulação, pois um dos sintomas da exposição constante as ondas de radar era impotência sexual (naquela época era normal os mecânicos tirarem um barato com os pilotos, dizendo que ganhavam menos e ficavam sujos de graxa, mas pelo menos não ficavam brochas..hehehe).

JAL pode recorrer à Delta


Considerada como a maior companhia aérea japonesa, a Japan Airlines (JAL) anunciou planos de cortar cerca de 15 600 empregos, 30% do elenco, para enfrentar suas dívidas.
De acordo com a agência encarregada do plano de resgate da companhia, um fundo apoiado pelo governo japonês e encarregado pela recuperação da JAL estuda uma aliança entre a empresa e a Delta Air Lines. As notícias são da agência Kyodo e foram divulgadas ontem (11).
Para agências estrangeiras, o fundo estimou que uma aliança com a Delta daria à JAL um benefício anual de US$ 186 milhões, três vezes mais do que uma aliança com a American Airlines poderia oferecer. A JAL faz parte da aliança de companhias aéreas Oneworld com a American. A JAL deve fazer um pedido de recuperação judicial este mês, como parte de um plano de reestruturação conduzido pelo Estado.
Já no mercado interno, o setor de aviação mantém bons índices, porém está em alerta sobre a questão da infraestrutura aeroportuária, manutenção de suas aeronaves e ao serviço da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Tanto que a Trip Linhas Aéreas teve de pousar uma de suas aeronaves às pressas, em Foz do Iguaçu (PR), por ter passado por más condições meteorológicas, seguidas de pane no motor.
A aeronave ATR-72, ano 2009, realizava no domingo um voo de Curitiba a Cascavel. Apesar da manobra de emergência, o avião aterrissou em condições de segurança, preservando a integridade física dos 50 passageiros a bordo.

Fonte: Avião Revue

Como mudar o interior de um 747-400

A United possui hoje uma das melhores classes (primeira e executiva) de voo das grandes empresas aéreas. Quem já teve a oportunidade de voar num 767 ou 747-400 modificado sabe bem do que eu estou falando (os 777 serão modificados durante o ano de 2010).
Esse filme abaixo mostra em velocidade acelerada como foi feita a mudança em um dos 747-400, vale a pena assistir (alem de claro ouvir a “Rhapsody in Blue”, musica tema da empresa).


Atualizações

Desculpem a falta de atualização, mas realmente não anda sobrando muito tempo, mas estou juntando um material bacana para o blog, porém quero dar uma outra conotação para o conteúdo, talvez uma nova seção de artigos e uma reformulação no layout, o que requer mais tempo ainda, mas vamos em frente.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

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