segunda-feira, 22 de junho de 2009

Primeiro leilão de bens da Vasp acontece nesta terça-feira


O primeiro leilão dos bens da antiga companhia aérea Vasp acontece nesta terça-feira em São Paulo. A empresa teve a falência decretada em setembro de 2008 após o não cumprimento do processo de recuperação judicial, iniciado em 2005. Mais de 30 aeronaves, avaliadas em R$ 16,8 milhões, estão postas à vendas e, com o valor arrecadado, será feito o pagamento dos credores. A dívida global da Vasp é estimada em R$ 3,5 bilhões. Só com a Infraero, a empresa acumula dívida de R$ 1,2 bilhão pela estadia das aeronaves em pátios de aeroportos espalhados pelo Brasil, que hoje são reduzidas a sucata. O leilão será às 14h, na Casa de Portugal, em São Paulo.

Os bens incluem 35 aviões, 13 automóveis, um rebocador de aviões, uma plataforma e uma carreta para o transporte de bagagem, avaliados em aproximadamente R$ 140 mil. Também há um imóvel em Maringá (PR), avaliado em R$ 166 mil. Além desses bens, há cerca de 50 imóveis que também já estão sendo preparados para a oferta – que somam cerca de R$ 200 milhões, em valores de 2005 segundo a avaliação feita pela empresa na época.

A Infraero informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que este primeiro leilão não terá relação com o pagamento da dívida com a estatal, e sim para os credores extraconcursais (investidores que colocaram ativos na empresa após o pedido de recuperação, além do administrador judicial e seus auxiliares) e depois, para os funcionários, que são prioridade.

Porém, o valor arrecadado nesse primeiro leilão não será suficiente sequer para pagar os credores, pois a soma dessa parte do débito é de cerca de R$ 120 milhões, segundo informou o advogado Carlos Duque Estrada Jr., que representa os 550 ex-trabalhadores da Vasp em 870 ações individuais.

Segundo a Infraero, a dívida da Vasp inclui tarifas aeroportuárias de embarque, pouso, permanência, concessão de áreas, acesso ao pátio e outros serviços, além da estadia das aeronaves no pátio dos aeroportos, que gerou acúmulo de uma dívida 75 vezes maior do que o valor de todos os aviões juntos. A assessoria disse que não há como calcular os valores sem saber até quando os aviões estarão nas propriedades da estatal.

Blog: Esta noticia me deixa muito triste, pois iniciei minha carreira nesta empresa e permaneci la por alguns anos, e tenho muitas boas lembranças daquela época, dos companheiros e da empresa que era. Eu lamento pelo Brasil perder esta companhia Aérea.

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